domingo, 14 de fevereiro de 2016

Oliver Sacks (1933-2015)

Já que estamos falando de doenças complexas, vamos relembrar do médico e escritor Oliver Sacks. Muitos de vocês leram O homem que confundiu sua mulher com um chapéu (Companhia das Letras, 1997). É emocionante que lendo os ensaios desse livro, foi quase uma unanimidade a perspectiva sensível sobre os pacientes que vocês puderam perceber. E é assim no mundo inteiro: Oliver Sacks é admirado por como trata os pacientes e nos faz questionar a normalidade da nossa própria percepção do mundo.

Deixo aqui um vídeo de 1997 quando da sua passagem pelo Brasil, no programa Roda Viva da TV Cultura.


Aproveito para recomendar sua autobiografia (Sempre em movimento, Companhia das Letras, 2015), onde percebemos mais de Oliver Sacks e nos deliciamos com a sua vida surpreendente, sua sexualidade, sua baixa experiência acadêmica, e seu amor por motocicletas, halterofilismo, mergulho e escrever. Ao final, somos brindados pela sua reflexão sobre como concebe o funcionamento da mente humana.

Gostaria de mencionar outro aspecto. Nesta autobiografia, ele fala um pouco sobre Stephen Jay Gould (1941-2002), o paleontólogo do qual lemos o ensaio "Apostando na sorte e não vale olhar". Como Gould era extremamente discreto sobre sua vida privada, exceto talvez quando compartilhou um pouco da sua experiência com o filho autista, para mim foi muito emocionante ter acesso sobre a sua personalidade.

Imperdível!




É ele mesmo, nosso Oliver Sacks quando jovem.




Aqui, com o saudoso Robin Williams, durante as filmagens
do filme Tempo de despertar, baseado em seu livro homônimo.

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