Cães domesticados possuem comportamento diferente dependendo da raça, uns mais dóceis outros mais ferozes, uns mais companheiros, outros que ajudam na caça, e ainda os que só comem a caça... Ou seja, ao longo de anos fomos capazes de selecionar o comportamento de várias espécies para que ficassem adaptadas aos nossos propósitos. A natureza, então, poderia ter selecionado também. O debate seria quase insípido se não fosse o fato de termos sido moldados pela natureza também...
Mas quando a espécie humana chega ao debate, fica a pergunta: como a nossa cultura influencia o nosso comportamento?
Recomendo, para começar, que vejam os episódios da série "Instintos Humanos", disponíveis no YouTube. Mas assistam de forma crítica! Aqui o que assistimos na aula:
E que leiam o Prefácio à edição portuguesa do livro "O Gene Egoísta", de Richard Dawkins (originalmente publicado em 1976), escrita pelo etólologo António Bracinha Vieira. Essse prefácio critica (!) o conteúdo do livro: um exemplo de responsabilidade e lisura por parte da Editora Gradiva, de Lisboa.
De fato, sem uma leitura crítica do livro de Dawkins, somos facilmente levados a crer que somos mesmo meros portadores de nossos genes, que usam nosso corpo para se transmitir à próxima geração.
Hoje, o debate aparece com a psicologia evolucionista ou psicologia evolutiva. Mas, o prefácio de António Bracinha Vieira é um bom começo de discussão. Lemos um artigo da Scientific American sobre esse tema também, lembram?
Quem se interessar ainda mais pelo estudo do comportamento, pode dar uma olhada no livro "Comportamento Animal" de John Alcock (Artmed, 2010).
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