O que estamos vendo é algo bem diferente se desenrolando à nossa vista. A genética é uma parte importante, mas não diz tudo.
A revista National Geographic fez uma contribuição importante na sua edição especial do mês de janeiro, falando sobre a diversidade humana em termos de gênero. Quantas pessoas não devem ter se sentido compreendidas e quantas outras não começaram a se aceitar após isso? A edição também fala das condições de meninos e meninas ao redor do mundo além de outros assuntos associados à desigualdade entre gêneros.
E discutimos também sobre a tendência em interpretar o nosso comportamento sempre em termos de seleção natural, reprodução e perpetuação da espécie, algumas vezes justificando até a violência. Até que ponto? Ou até que ponto para nós? Quando ouvimos relatos ou mesmo nos sentimos saindo do esperado, está na hora de começar a questionar o que está nos livros, principalmente no caso do ser humano. Afinal, as teorias nascem das observações - não são as observações que devem se adequar às teorias.
Ainda sobre sexo, não posso deixar de recomendar O Livro Proibido do Sexo, de Marcia Kedouk, mais um da série de livros publicados com a marca da revista Superinteressante, todos de alto nível de escrita e pesquisa jornalística. Nele a autora relaciona o sexo com história, mitologia, biologia e também leva a reflexões e esclarecimentos bem fundamentados. O livro pode ser encontrado em bancas ou em livrarias.
Marcia escreveu outros dois livros pela Superinteressante, Prato Sujo, sobre a manipulação da indústria dos alimentos, e Tarja Preta, sobre o lado negro da indústria de remédios. Leituras primorosas.