Esta postagem pode parecer um pouco deslocada aqui no Blog, mas acho que vocês irão gostar.
Richard Feynman (1918-1988) foi um dos físicos mais importantes do século XX. Além de ter ganhado o prêmio Nobel pelas suas contribuições à eletrodinâmica quântica, Feynman também ficou famoso por ter liderado o grupo que investigou a trágica explosão do ônibus espacial Challenger, ocorrida em 1986 (há até um filme de 2013, The Challenger [Ônibus Espacial Challenger, no Brasil] que conta esta história). Ele também fez parte do Projeto Manhattan, que construiu a primeira bomba atômica.
O que pouca gente sabe é que na década de 1950, Feynman foi professor visitante na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ensaio disponível aí adiante narra experiências da sua passagem pelo nosso país, e é um material promocional do seu livro Deve ser brincadeira, Sr. Feynman! (UnB/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000). Acompanhem as peripécias deste personagem folclórico da ciência e suas importantes reflexões sobre o ensino (de ciências, principalmente, mas não só) no Brasil divertindo-se com "O americano, outra vez!" Até o nosso grande físico César Lattes (aquele do currículo, lembram?) aparece por lá.
Como tudo se conecta nesta vida, Freeman Dyson (1923- ), autor que lemos na disciplina "Metodologia da Pesquisa e História da Ciência", teve participação importante na vida de Feynman. Como Feynman tinha dificuldade de entender a mecânica quântica na época, inventou ele mesmo uma forma (!), usando diagramas que se tornaram conhecidos como Diagramas de Feynman. Dyson o ajudou a descrever matematicamente esta nova abordagem. Um pouco desta história é contada numa autobiografia de Dyson, Perturbando o Universo (UnB, 1981).
A propósito, Freeman Dyson é um autor de ciência único, realmente sem paralelo, já que discute principalmente política científica e o papel da tecnologia na sociedade. Recomendaria De Eros a Gaia: o dilema ético da civilização em face da tecnologia (Editora Best Seller, 1992). Mas também há Infinito em todas as direções (Companhia das Letras, 2000), Mundos Imaginados (Companhia das Letras, 1998), e O Sol, o Genoma e a Internet (Comanhia das Letras, 2001).
Algumas dicas para complementar a sua busca de conhecimento em Genética, Evolução e Ciência em geral!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
domingo, 29 de janeiro de 2017
Além dos Cromossomos X e Y
Na semana passada, falamos da herança ligada ao cromossomo X ou ligada ao sexo. As mulheres possuem dois X (XX) e os homens um X e um Y (XY). Dependendo do espermatozoide que fecundar o óvulo, nascerá um menino ou uma menina. A princípio, pelo menos. Pois essa dicotomia não é suficiente para explicar como muitos de nós nos sentimos.
A revista National Geographic fez uma contribuição importante na sua edição especial do mês de janeiro, falando sobre a diversidade humana em termos de gênero. Quantas pessoas não devem ter se sentido compreendidas e quantas outras não começaram a se aceitar após isso? A edição também fala das condições de meninos e meninas ao redor do mundo além de outros assuntos associados à desigualdade entre gêneros.
E discutimos também sobre a tendência em interpretar o nosso comportamento sempre em termos de seleção natural, reprodução e perpetuação da espécie, algumas vezes justificando até a violência. Até que ponto? Ou até que ponto para nós? Quando ouvimos relatos ou mesmo nos sentimos saindo do esperado, está na hora de começar a questionar o que está nos livros, principalmente no caso do ser humano. Afinal, as teorias nascem das observações - não são as observações que devem se adequar às teorias.
Ainda sobre sexo, não posso deixar de recomendar O Livro Proibido do Sexo, de Marcia Kedouk, mais um da série de livros publicados com a marca da revista Superinteressante, todos de alto nível de escrita e pesquisa jornalística. Nele a autora relaciona o sexo com história, mitologia, biologia e também leva a reflexões e esclarecimentos bem fundamentados. O livro pode ser encontrado em bancas ou em livrarias.
Marcia escreveu outros dois livros pela Superinteressante, Prato Sujo, sobre a manipulação da indústria dos alimentos, e Tarja Preta, sobre o lado negro da indústria de remédios. Leituras primorosas.
O que estamos vendo é algo bem diferente se desenrolando à nossa vista. A genética é uma parte importante, mas não diz tudo.
A revista National Geographic fez uma contribuição importante na sua edição especial do mês de janeiro, falando sobre a diversidade humana em termos de gênero. Quantas pessoas não devem ter se sentido compreendidas e quantas outras não começaram a se aceitar após isso? A edição também fala das condições de meninos e meninas ao redor do mundo além de outros assuntos associados à desigualdade entre gêneros.
E discutimos também sobre a tendência em interpretar o nosso comportamento sempre em termos de seleção natural, reprodução e perpetuação da espécie, algumas vezes justificando até a violência. Até que ponto? Ou até que ponto para nós? Quando ouvimos relatos ou mesmo nos sentimos saindo do esperado, está na hora de começar a questionar o que está nos livros, principalmente no caso do ser humano. Afinal, as teorias nascem das observações - não são as observações que devem se adequar às teorias.
Ainda sobre sexo, não posso deixar de recomendar O Livro Proibido do Sexo, de Marcia Kedouk, mais um da série de livros publicados com a marca da revista Superinteressante, todos de alto nível de escrita e pesquisa jornalística. Nele a autora relaciona o sexo com história, mitologia, biologia e também leva a reflexões e esclarecimentos bem fundamentados. O livro pode ser encontrado em bancas ou em livrarias.
Marcia escreveu outros dois livros pela Superinteressante, Prato Sujo, sobre a manipulação da indústria dos alimentos, e Tarja Preta, sobre o lado negro da indústria de remédios. Leituras primorosas.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Animações do Livro "Genetics", de Robert J. Brooker
As animações do livro Genetics, de Robert J. Brooker (McGraw-Hill Education; 5 edition, 2014) estão disponíveis aqui neste site.
As animações estão em inglês, então vamos aproveitar para treinar um pouco este idioma.
Quem estiver atrás de informações básicas sobre Genética pode dar uma olhada nos vídeos da Khan Academy (há sobre Leis de Mendel, Meiose e Mitose), que estão em um link aí ao lado. São vídeo-aulas de cerca de 15 minutos.
As animações estão em inglês, então vamos aproveitar para treinar um pouco este idioma.
Quem estiver atrás de informações básicas sobre Genética pode dar uma olhada nos vídeos da Khan Academy (há sobre Leis de Mendel, Meiose e Mitose), que estão em um link aí ao lado. São vídeo-aulas de cerca de 15 minutos.
Quem somos?
Termos mais células de bactéria no nosso corpo do que células humanas é surpreendente - e faz refletirmos sobre o que realmente somos. Mas se você quiser aumentar a sua crise de identidade, não deixe de ler 10% humano, de Alana Collen (Sextante, 2016). Nele a autora faz um apanhado de como a diversidade bacteriana pode estar por trás de várias doenças humanas, como alergias, autoimunidade e talvez mesmo autismo. Uma leitura desafiante. Parece que a nossa imunologia é ainda mais complicada do que pensávamos.
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